sábado, 25 de outubro de 2008

O Ateu e o Religioso

Era uma vez um ateu que morava ao lado de um homem muito religioso! O ateu vivia muito bem, era casado com uma mulher linda, tinha belas crianças que iam muito bem na escola, uma maravilhosa casa.E o homem religioso, que ia à missa duas vezes por semana, rezava três orações por dia, ensinava o catequismo, etc. . . Tinha todos os problemas possíveis: A mulher o abandonou, as crianças viraram deliqüentes e já não iam mais à escola, ele foi despedido do emprego.Um dia, vendo essa injustiça divina, o homem conversa com Deus:- Oh Senhor, o meu vizinho nunca foi à igreja, nem mesmo acredita no Senhor, nunca reza, respira felicidade, sua vida é fantástica. . .- Enquanto eu, que sou-lhe grato por todos os dias, canto louvores em todos os tons, ensino sua palavra às crianças, peço-lhe conselhos por cada um de meus atos, confesso todos os meus pecados, tenho uma vida miserável. . . Por quê, senhor?Então ouve-se uma voz profunda vinda dos céus:- É que ele não me conta as besteiras que faz!

Gambá esperto!

História de ontem sobre piadas religiosas ou envolvendo religiões tem seqüência. Um padre do Interior fez seu sermão centrado no milagre da multiplicação dos pães e peixes. Igrejinha lotada, até o gambá da cidade bem ao fundo escutava contrito o inflamado sermão do padre. Como ele também tinha tomado um pouco mais de vinho que recomenda a boa prática litúrgica, o padre avançou o sinal e trocou as bolas.- ...e vejam vocês o milagre daquele dia. Com cinco mil pães, Jesus Cristo alimentou cinco pessoas!Os fiéis ficaram quietos com a assombrosa multiplicação invertida. O sacristão fazia gestos para ver se o chefe se mancava, mas em vão. Mas como não se bota padre contra a parede, todo mundo engoliu o "milagre" divino. No final da missa, um aflito sacristão falou do erro.- Minha Nossa Senhora, que mancada! Mas não há de ser nada. Domingo que vem eu repito o sermão com os números corretos. E assim foi feito. Do púlpito, o sacerdote repetiu ipsis literis a fala do domingo anterior, mas com a devida correção.- ...e vejam vocês o milagre daquele dia! Com cinco pães, Jesus Cristo alimentou cinco mil pessoas!Os fiéis ficaram quietos. Menos o gambá. Era demais para o seu coraçãozinho encharcado pela marvada pinga. E berrou lá do fundo.- Também, assim até eu! O que sobrou de pão de domingo passado...

sábado, 11 de outubro de 2008

Deus genérico

Já lhe ocorreu que, Jesus seria um “Deus genérico”, um “Deus transgênico” ou um “FrankCristo”, que foi construído com os despojos de diversos personagens mitológicos...
E que “O Novo Testamento foi escrito a mando do Imperador Constantino?

Até porque, tanto o “Novo” quanto o “Velho Testamento” não são a palavra de algum Deus ou mesmo uma coleção de escritos inspirados pelo “Espírito Santo”.
Mas sim, um produto da atividade humana, repleto de erros, fantasias, absurdos, falsificações e plágios.

Quem escreveu a Bíblia não foi Deus ou o Espírito Santo...
Mas sim, gente de todas as classes, unidos na preocupação de transmitir fé, justiça, amor, fraternidade e fidelidade ao povo, a fim de que não houvesse mais nem opressores nem oprimidos.
Muitos colaboraram para que a Bíblia fosse escrita, mas cada um do seu jeito, pois todos foram professores e alunos, uns dos outros.

Além das “explicações” dadas pelas seitas religiosas serem inconsistentes, absurdas e totalmente contrárias aos avanços científicos.
A fé e a razão são dois pólos contrários e que se digladiam.
Pois as versões religiosas impedem que as massas questionem o que lhes é imposto.
Não corresponde à verdade do mundo real.
E são versões que precisariam ser contestada, repensada ou mesmo substituída por alguma idéia nova; que também poderá estar errada ou incompleta.

Para dar credito as lendas polvilhadas de erros e absurdos.
E no intuito de transformar falácias religiosas em pseudas-verdades, usaram-se jargões como: “Em nome de Jesus”. “Segundo fulano”. “Conta-se que”. “Dizem que”. E o “Sabe-se que”.

Pois os “Livros Sagrados” estão recheados de mentiras e de meias-verdades.
Que foram misturadas com fatos reais e com alguns relatos de má fé.

Todavia é comum que os místicos não se importem em desperdiçar seu tempo e recursos, com fantasias onde a realidade é cuidadosamente disfarçada, pois os místicos necessitam acreditar em explicações mágicas.
E jamais questionam os fantasiosos argumentos emocionais que lhes são apresentados, em oposição aos argumentos intelectuais.

A diferença suprema entre as superstições e a ciência seria que, a ciência por se basear nas Leis de causa e efeito e saber que tudo tem alguma explicação, não acreditaria em “milagres” ou em histórias sobre seres fantásticos que mudaria as Leis do Universo, segundo os seus caprichos e vontade, apenas para policiar, punir ou recompensar os humanos.

Plagiando outras culturas

Como séculos antes da Bíblia ser escrita vários povos como os sumérios, os egípcios e os gregos, já tinham os seus supostos “Livros Sagrados”.
E tanto a literatura criada pelos sumérios, como a criada pelos egípcios e os gregos, eram variadas, belíssimas e mais antigas do que a dos hebreus.

A Bíblia não hesitou em reutilizar as lendas alheias, de modo a dar créditos às suas versões.
Pois se tratava de uma época sem exatidão, desatenta ao tempo, onde as horas se escoavam como a vida, onde não havia os minutos e onde o “dia” era dividido em doze horas, (que só eram contadas do nascer ao pôr do Sol).

Além disso, era comum se amalgamar a Geografia, os fatos, as datas, as lendas e as versões de outras culturas. Pois não existia a noção de plágio.
Não havia a defesa da propriedade intelectual.
E se acreditava cegamente nas versões religiosas locais
Até hoje a Bíblia está repleta de versões idiomáticas, alegóricas ou que utilizariam expressões da cultura e da época em que foram feitas.
Pois quase todos os relatos bíblicos são reestruturações de lendas antigas.

Já ficou provado que a Bíblia se apropriou dos costumes de: Orar, Cantar e Batizar (que veio do Hinduísmo).
Da Reencarnação, que veio do Budismo e do Hinduísmo.
Do hábito de acender Incensos e das Meditações, que veio do Taoísmo, uma crença anterior a Jesus.
Da festa de 25 de dezembro que foi inventada pelos discípulos de Corinto.
Da vinda de um Salvador.
E das profecias e relatos hebraicos.
Já que várias culturas antigas achavam que a ÁGUA era o símbolo da vida e da purificação...
Que os lagos eram passagens para outros mundos...
E que ao ser submerso na água do “Rio Sagrado” o indivíduo renascia espiritualmente...
Teria um encontro com Deus... Limparia-se da antiga existência... E emergiria lavado e renascido...

É evidente que o Batismo cristão foi copiado das antigas religiões pagãs.
Até por que, além do Batismo nas águas de algum suposto “Rio Sagrado”, ter sido uma alternativa barata, viável e popular, para os que não conseguiam arcar com os custos de ter que oferecer algum sacrifício, para poder se purificar.
Séculos antes de Jesus ter nascido, os HINDUS, os EGÍPCIOS e os GREGOS já batizavam.

A Quaresma, que vem do latim quadragésima e que é um tempo do Ano Litúrgico, que corresponderia aos 40 dias de jejum, que precediam a festa da Páscoa, voltada principalmente para os que haviam perdido o batismo e os pecadores que cumpriam penitências, a fim de poderem se redimir dos seus pecados.
Seria um antigo ritual pagão, que teve início no Oriente e foi assumido pelo Ocidente.

A Páscoa, o Céu, o Inferno, a Eucaristia, o julgamento final, algumas festas, cerimônias, alguns símbolos, algumas vestimentas e a lenda de JESUS ter sido incumbido de conduzir os homens em direção a d´us... Seriam cópias dos textos sagrados do Mitraísmo, que por sua vez, teria plagiado o antiqüíssimo “culto da fertilidade”.



Lisandro Hubris

Um dragão na minha garagem

- Um dragão que cospe fogo pelas ventas vive na minha garagem.

Suponhamos que eu lhe faça seriamente essa afirmação. Com certeza você iria querer verificá-la, ver por si mesmo. São inumeráveis as histórias de dragões no decorrer dos séculos, mas não há evidências reais. Que oportunidade!
- Mostre-me – você diz. Eu o levo até a minha garagem. Você olha para dentro e vê uma escada de mão, latas de tinta vazias, um velho triciclo, mas nada de dragão.
- Onde está o dragão? – você pergunta
- Oh, está ali – respondo, acenando vagamente. – Esqueci de lhe dizer que é um dragão invisível.
Você propõe espalhar farinha no chão da garagem para tornar visíveis as pegadas do dragão
- Boa idéia – digo eu –, mas esse dragão flutua no ar.
Então, você quer usar um sensor infravermelho para detectar o fogo invisível.
- Boa idéia, mas o fogo invisível é também desprovido de calor.
Você quer borrifar o dragão com tinta para torná-lo visível.
- Boa idéia, só que é um dragão incorpóreo e a tinta não vai aderir.
E assim por diante. Eu me oponho a todo teste físico que você propõe com uma explicação especial de por que não vai funcionar.
Qual a diferença entre um dragão invisível, incorpóreo, flutuante, que cospe fogo atérmico, e um dragão inexistente? Se não há como refutar a minha afirmação, se nenhum experimento concebível vale contra ela, o que significa dizer que o meu dragão existe? A sua incapacidade de invalidar a minha hipótese não é absolutamente a mesma coisa que provar a veracidade dela. Alegações que não podem ser testadas, afirmações imunes a refutações não possuem caráter verídico, seja qual for o valor que possam ter por nos inspirar ou estimular nosso sentimento de admiração. O que eu estou pedindo a você é tão somente que, em face da ausência de evidências, acredite na minha palavra.

Extraído do livro de Carl Sagan: "O Mundo Assombrado por Demônios - a ciência vista como uma vela no escuro" - Companhia das Letras

Diário de um ex-cristão

Eu tenho um amigo, seria melhor dizer “tinha”, que de tanto insistir comigo acabou por levar-me a uma igreja. O curioso é que sempre imaginei igrejas grandes, mas essa não era, tinha um nome, Deus qualquer coisa, não me lembro. No culto o pastor que se chamava Chicão falou muito sobre a volta de Jesus, a qual deveria acontecer a qualquer instante.
Falou também muitas coisas bonitas, fiquei empolgado, já na saída queria comprar aquele livro deles, pois cada um tinha o seu, achei que deveria ter o meu também, achei o livro um pouco caro, mas também imaginei se é um livro muito vendido os direitos autorais deve ser muito grande.
Recomendaram-me a não ler o antigo testamento porque lá falava de algumas mortes, sobre ciência as quais eu não iria entender, acreditei mesmo, porque por ser antigo não deveria ter muita importância.
Segunda Feira: Depois da noite anterior que já havia lido muito do tal novo testamento ( só não entendi o porquê de se chamar testamento, mas também sou novo na fé, deve ter algum motivo ), terminei de ler o restante. Já pela manhã fui até a casa de meus pais coisa que fazia toda manhã, e já fui tascando em minha mãe “mulher que tenho eu contigo”, os rejeitei de todas as formas, não entenderam nada apesar de deixá-los chorando, mas de fé o que eles entendem, não é mesmo?
Terça Feira: Fui procurar vender minha capa para comprar uma espada, foi onde me dei conta que não tinha capa, pensei; vou comprar uma capa vende-la e em seguida comprarei a espada. Porém sendo uma pessoa inteligente logo me veio à mente posso pular a parte de comprar a capa e iria diretamente comprar a espada, mas não entendi pra que iria servir uma espada nos dias de hoje, então a inteligência falou mais alto, “vou comprar uma metralhadora”, e fui. Só não entendi o porquê dos meninos que me venderam a metralhadora não aceitaram um cheque nominal e cruzado que é mais seguro, deve ser pelo tempo que leva para compensar, coisa que eu nunca entendi o porquê de um cheque levar três dias para compensação. Enfim paguei em dinheiro mesmo.
Quarta Feira: Conclui que deveria vender tudo e dar aos pobres, e fiz, mas veio-me uma dúvida se deveria entregar o dinheiro para o Edir Macedo, para o R.R.Soares, ou mesmo para o Malafaia, pois vi seus programas na televisão,e percebi que eles necessitavam muito. Por via das dúvidas fui falar com o Pr. Chicão, afinal foi ele que me mostrou todas essas maravilhas. Foi onde entendi através de sua explicação que o dinheiro deveria que ser doado a Deus na igreja dele ( olha se eu não falo com o Chicão que besteira iria cometer ). No culto dessa noite levei todo o dinheiro, não era muito, principalmente em se tratando de Deus, pois eram somente duas fazendas, cinco apartamentos e duas importadoras de carros. Coincidentemente o Pr. Chicão teve um ataque súbito na hora em que fui depositar o dinheiro, naquele bauzinho diante do altar, mesmo porque não coube nesse pequeno recipiente. Não entendi o porquê do Chicão mesmo com o ataque me parecia sorrir, deve ser devido à retração dos nervos diante de um mal súbito. Mas recuperou-se rapidamente, graças a Deus não é mesmo.
Quinta Feira: Ao chegar em casa minha esposa começou a gritar comigo e ofender-me pela doação do dinheiro, deduzi logo, ta com o capeta, e já taquei “afasta demônio em nome de Jesus”, bem, fui conduzido a uma delegacia, essas das mulheres onde quase sempre tem uma delegada que “adora homens que maltratam as mulheres” e fiquei em cana. Estava satisfeito porque estava realizando a obra de Jesus, imaginam se ele voltasse e eu não tivesse tempo de cumprir com minha obrigação.
Sexta Feira: Sai da gaiola gentilmente conduzido por alguns homens que mais tarde identifiquei sendo da policia federal. Queriam saber onde eu havia adquirido uma metralhadora, pela forma que me trataram acho que não eram cristãos, ai procurei converte-los, acho que fui mal interpretado!
Sábado: Depois de dizer a eles o local do “comercio” onde eu havia adquirido a metranca, fui aconselhado a deixar o país. Como estava sem dinheiro para isso, pensei, vou falar com o Chicão para me arrumar ao menos um pouco, afinal Deus é generoso e ele sabia que eu havia doado tudo o que tinha. Para minha surpresa a igreja estava fechada e fui informado que o Chicão havia viajado para realizar missões no caribe, isso é bom afinal por lá tem muitos infiéis não é mesmo.
Domingo: Amigos meus arrumaram uma grana e fui para um país estranho nas arábias. Parece-me que meu lugar é aqui mesmo, pois tem uma pessoa que esta mostrando a mim uma religião onde se eu fizer tudo direitinho como ele me ensinar terei muitas virgens no paraíso, parece bom.